Em acordos de leniência, organizações como J&F e Gol se comprometem a devolver valores desviados aos cofres públicos.

Dimitrius Dantas e Suzana Correa

Empresas que firmaram acordos de leniência a partir de dezembro de 2014, na esteira de operações de combate à corrupção, irão pagar multas que, somadas, chegam a cerca de R$ 25 bilhões, segundo levantamento feito pelo GLOBO nos 19 compromissos homologados pelos órgãos de controle. Esse valor é maior do que todo o orçamento do Ministério da Infraestrutura deste ano, que está na casa dos R$ 18,7 bilhões. Com esse dinheiro seria possível comprar 131 mil ambulâncias, de acordo com dados do Ministério da Saúde.

O montante foi acordado com instituições como o Ministério Público Federal (MPF), a Controladoria-Geral da União (CGU) e a Advocacia-Geral da União (AGU). A lista engloba desde acordos menores, como os R$ 12 milhões que serão pagos pela Gol Linhas Aéreas, até o maior da história: os R$ 10,3 bilhões da J&F, controladora da JBS.

As multas terão diferentes destinos. Os acordos firmados pela força-tarefa da Lava-Jato em Curitiba, por exemplo, preveem o ressarcimento dos prejuízos à Petrobras. A estatal é considerada a principal vítima do esquema de corrupção que incluía o pagamento de propinas a seus diretores e a partidos políticos. O acordo da J&F, por sua vez, feito com o Ministério Público Federal (MPF) do Distrito Federal (DF), prevê que parte dos valores seja usada para ressarcir o BNDES e o FGTS, entre outros órgãos.

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